Fortalecendo

30 de junho de 2010

Tudo pode mudar



Quantos dias eu passei olhando ao longe,buscando a razão de viver
A resposta estava além do horizonte,a resposta estava com você
Ponha a cadeira na varanda,ponha a cabeça no ar,olhe ao longe 
e tire de foco o olhar,olhe prá dentro e tudo pode mudar 
Alguma vez você a teve a sensção de já ter estado em algum lugar,
mesmo não lembrando com certeza se alguma vez já esteve lá
Pode ser que um dia tudo volte a ser como era antes,
como sempre deveria ser
Ponha a cadeira na varanda...
Alguma vez você teve a impressão e chegou a dizer:

eu já ouvi estacanção,mesmo não lembrando 
com certeza se realmente escutou ou não


(Nei Van Soria)

29 de junho de 2010

Antes que se vá


Meu pai. Meu velho pai. Tão bruto em suas atitudes muitas vezes, tão rude e grosseiro, mas um homem honesto. Maneiras estranhas de mostrar o seu amor. Palavras ásperas, mas uma pessoa comunicativa, engraçada. Perde o amigo , mas não a piada.
 Ele não sabe que é amado assim, eu imagino. Deve saber que é, mas não o quanto é. Nem daria mesmo para dimensionar, porque é tanto, que nem eu saberia descrever. Pensar que ele está já bem velho e adoentado me assusta. Ele sempre foi tão previdente com tudo, levando tudo calculado "na ponta do lápis", como sempre disse. Pensar que um dia (provavelmente não tão distante) ele não mais estará li, sentado a mesa fazendo sua contabilidade, é inaceitável. É surreal para mim pensar em não tê-lo num futuro talvez próximo. 
Doloroso demais pensar que aquele vovô rabugento não mais estará para esperar o neto nos fins de tarde. Não mais estará para opinar sobre o almoço, nem para preparar a terra para a horta. Quem limpará o canil? Quem fará o barulho típico ao amanhecer que não deixa ninguém mais dormir?
Essas pequenas coisinhas do dia a dia são o que farão mais falta, é o que com certeza deverá doer mais, lembrar que tantas vezes o odiamos por estar fazendo aquilo e agora daríamos tudo para que ele estivesse ali a fazer tudo novamente. E não está.
Que vontade de abraçá-lo eu tenho, mas não o faço. Nem sei por que não o abraço. Parece tão fácil. Na teoria seria só aproximar meu corpo do dele e o envolver com meus braços. Sentindo o calor do seu peito. Mas a prática é diferente porque o simples fato de o envolver com meus braços, vai me fazer ligar minhas glândulas lacrimais e não sei como contê-las uma vez que as comportas se abrem. 
Tenho certeza que ele também iria se deixar levar pela emoção, e talvez seja por isso mesmo é que eu não faça nada, apenas o ame assim, de longe, às vezes um beijinho no seu rosto de barba já muito grisalha, um afago em suas cãs sempre muito bem penteadas.  
Meu velho pai... já está indo, devagar, sei que já notou isso também e por isso é que tens andado com estes olhos tristes, a pensar mil coisas. Esquematizando tudo o que precisa fazer antes de ir, para não dar nenhum trabalho à sua velha. Quanto tempo até que este velho coração fosse lapidado, aos poucos, para se tornar um pouco menos frio em certos aspectos. Para que repensasse certas atitudes, certas opiniões. Certas conviccções.
Meu pai, tantas vezes eu desejei coisas horríveis que nem ouso citar aqui. Me arrependi de todas elas. E hoje, com tua partida iminente, me vejo novamente como uma criancinha, indefesa, insegura, que tudo que mais deseja é o colo quentinho de seu pai.

(A.Galliset)

28 de junho de 2010

Pequeno caso de família


Há muitos dias meu filhote de 2 anos pedia ao pai que lhe comprasse uma vuvuzela. O pedido estava sendo propositalmente adiado por um motivo óbvio: queríamos evitar a poluição sonora em nossa casa. Estávamos esperançosos de que ele fosse esquecer, mas qual nada! Havíamos prometido a ele que se ficasse comportado, ganharia a vuvuzela.
Fatidicamente não tardou a cobrança: "- Pai, eu não desobedeci e ainda não ganhei minha vuvuzela!". Pronto, estava feito. Ele havia conseguido. Com poucas palavras ele nos desarmou e fomos comprar a tão esperada vuvuzela (cujos preços, por favor, estão pela hora da morte!).
Nossos dias de sossego haviam chegado ao fim. Em poucos minutos com sua "vuvu" (como ele chama) alarmou toda a vizinhança e espantou para longe seus dois cãezinhos.
Nada no mundo paga o preço de ver aquele rostinho sorridente ao ver sua vuvuzela. Nada pode ser maior, nem mais intenso do que o brilho daqueles olhinhos tão puros (que mais parecem duas jabuticabas) ao ver que seu desejo tinha sido realizado. Talvez essa seja uma das maiores alegrias em ser mãe (ou pai), ver a alegria de seu filho diante do novo.
Bem, deixando de lado estes sentimentalismos, vamos ao que interessa ( ou pelo menos, ao que me fez começar a escrever). Ele estava ansioso por estrear sua vuvuzela e assim que o jogo começou, o barulho tomou conta de casa. Tanto na TV quanto ao vivo... hehehe
Acho que a vuvuzela do meu pequeno acabou dando sorte para o Brasil, que acabou vencendo o Chile por 3x0 (pequena nota para a posteridade hehehe). Valeu a pena tanto barulho. Agora resta saber até quando vai durar o interesse dele no seu novo "item de desassossego" (ele possui vários, sua lista vai de apitos de vários formatos e tamanhos a violão e aparelhos eletrônicos barulhentíssimos!!). O que será que ele vai querer na próxima vez? Será  agora uma jabulani? Ou pedirá que importemos um exemplar típico de "bafana-bafana"? 
Essas crianças de hoje cada dia exigem mais... 

27 de junho de 2010

Você poderia estar feliz


Estou ouvindo "You could be happy", de uma banda chamada Snow Patrol. Gostosa de se ouvir, calminha, agradável mesmo. O início até parece uma musiquinha de ninar. Deve ser por isso a sensação de que pega a gente no colo. Gosto de música assim...
Me faz tirar de foco o olhar, me leva a pensar em coisas simples, para muitos sem sentido, mas que eu sei perfeitamente em que contexto estão. Hoje enquanto ouvia essa música, li em algum lugar algo que me fez pensar no sentido da palavra amizade. Ou sei lá o que é... Apego, carinho, afeto?! Não sei. Nem interessa saber. O que importa é sentir. Saber que se sente e é verdadeiro. Não interessa se é recíproco ou não, interessa é o que você sente, se te faz bem.
Sim, me faz bem. Me faz muito bem saber que certas pessoas existem. Não apenas uma ou outra especificamente (em outra oportunidade vou falar de pessoas específicas), mas todas as pessoas que gosto. Me faz um pouquinho mais feliz, saber que estão ali e que poderei chamá-las quando precisar conversar. Ou quando quiser dividir uma descoberta, uma música nova, uma bela imagem...
Não tenho muitos amigos, nunca os tive. Mas nem por isso fui infeliz. Tive poucos e bons. Poucos e imprescindíveis eu diria. Os mais especiais nem sempre estiveram perto, mas a distância nunca foi empecilho para que estivessem presentes na minha vida de alguma forma, nem os fizeram menos necessários.
O mais curioso disso tudo é que dos meus amigos mais queridos, muitos nem os conheço pessoalmente. E isso, apesar de estranho, não muda em absolutamente nada no que sinto por eles. Como disse, não sei (nem quero) se a recíproca é verdadeira, só sei que o que sinto é puro. 
Só sei que nem posso pensar em me desligar dessas pessoas. Me basta saber que eles estão ali... que estou com uma janela aberta, que basta chamar e serei respondida. E se não me responderem, tudo bem, não preciso de explicações, pois sei que existem, estão ali e o principal: sei o que EU sinto por eles. Isso já é suficiente.



"Você Poderia Estar feliz, eu espero que esteja
Voce me fez feliz Mais Do que jamais fui
E de Alguma maneira Tudo o Que eu Tenho Cheira VOCÊ"

26 de junho de 2010

Sem palavras




Difícil escrever quando se sabe exatamente o que se quer dizer e não se encontra as palavras adequadas... A cabeça ferve de coisas que precisam se externadas, mas nada das palavras certas aparecerem. O que fazer, então? Esperar. Vai ver que os pensamentos não estão prontos ainda. Talvez tenha mais a que se pensar.

Enquanto as idéias ficam  esperando a hora de saltarem para o mundo,  vou aqui pensando mais a respeito. Até breve.


ρɾøсυɾø υṃ αṃøɾ
υṃα ɾαʐãø ραɾα ṿïṿεɾ
ε αṡ ƒεɾïḋαṡ ḋεṡṡα ṿïḋα
ευ συεɾø εṡσυεсεɾ


ƒɾεјαt

24 de junho de 2010

Menina frágil, mulher rebelde



Sou Assim......
Menina frágil, inocente,romântica, sonhadora.
Muitas vezes não me acho,confundo-me.
Sou mulher rebelde,realista, pecadora.
Outras vezes sou as duas,confundo-me ainda mais,
às vezes penso que ainda não cresci,outras penso que cresci demais!

23 de junho de 2010



Às vezes me perco em pensamentos, devaneios. não são necessariamente reais, nem fazem sentido, aliás, não tem sentido algum. lembro de coisas que aconteceram, e de coisas que poderiam ter acontecido. Sorrio sozinha, choro sozinha. Me questiono a existência das coisas, os porquês e mais porquês que existem em minha cabeça. nenhum até hoje foi completamente respondido. no que eu acredito ? no que devo acreditar ? isso é certo, ou errado ? 

Zilhões de pensamentos passam como um filme sendo avançado. sonho em como seria minha vida perfeita, sonho com o que aconteceria se eu deixasse de falar uma simples frase, mas que mudasse todo o rumo da minha vida, isso é possível ? destino, sorte, conhecidencia. particularmente não acredito em nada disso, acredito na vida, no que fazemos hoje e o que fizemos antes, o futuro é o que virá, e não está escrito nas estrelas ou em qualquer outro lugar. o amanhã, somos nós, e o que fazemos. me perco em devaneios, pensando, sonhando ...

22 de junho de 2010

Meu Pai


Eu com: 5 anos: Meu pai sabe muitas coisas.

6 anos: Meu pai é mais esperto do que o seu pai. 
8 anos: Meu pai não sabe exatamente tudo. 
10 anos: No tempo antigo, quando o meu pai foi criado, as coisas eram muito diferentes. 
12 anos: Ah, é claro que o papai não sabe nada sobre isso. É muito velho para se lembrar da sua infância. 
14 anos: Não ligue para o que meu pai diz. Ele é tão antiquado! 
21 anos: Ele? Meu Deus, ele está totalmente desatualizado! 
25 anos: Meu pai entende um pouco disso, mas pudera! É tão velho! 
30 anos: Talvez devessemos pedir a opinião do papai. Afinal de contas, ele tem muita experiência. 
35 anos: Não vou fazer coisa alguma antes de falar com o papai. 
40 anos: Eu me pergunto como o papai teria lidado com isso. Ele tem tanto bom senso, e tanta experiência! 
50 anos: Eu daria tudo para que o papai estivesse aqui agora e eu pudesse falar com ele sobre isso. É uma pena que eu não tivesse percebido o quanto era inteligente. Teria aprendido muito com ele. 

Quase foi...



Oi gente... 
Faz tempo já quem não escrevo nada aqui...
Mas não é por falta de assunto não. Pura falta de inspiração. Sim, porque escrever não é como simplesmente copiar algo de algum lugar. A gente precisa estar tranquilo, em paz, disposto e com as palavras certas na cabeça.
Muita coisa aconteceu desde a última vez em que eu escrevi algo aqui...  Nooooossa, muita coisa mesmo. Não vou falar nada detalhadamente, mas muita coisa teve mudanças positivas na minha vida. Muito do que eu nem imaginava, aconteceu... E tudo ainda está estranho, mas está  bem, está se encaminhando e é isso que importa. As coisas não se resolvem de um dia para o outro, mas se estão sendo buscadas... as chances de darem certo são grandes.
Eu estive bem perto de excluir esse blog, assim como o Caixinha de Música. Pensei, repensei, tornei a pensar e não cheguei a conclusão alguma. Queria excluir, porque ele me fazia lembrar coisas que eu gostaria de esquecer, mas ao mesmo tempo, pensava que quando mais precisei descarregar em algum lugar o que estava sentindo, foi aqui, nesse espaço que eu o fiz. De repente muita gente tenha ficado assustada com as coisas que disse aqui, mas talvez alguns tenham até se identificado com alguma coisa, em algum aspecto.
Depois de muito pensar cheguei a terrivel conclusão: Vou deletar mesmo - mas quando chegou na hora, quem disse que consegui? Nadaaaa. E agora penso: ainda bem. Seria injusto excluir o Se não Derruba. Afinal foi ele quem me socorreu tantas vezes... foi aqui que depositei tanta coisa que me pesava o coração.
Vou mantê-lo ainda. Não sei se para sempre, mas ele permanecerá aqui. Também não tive coragem de excluir por causa desse povo lindo que está seguindo. Seria injusto com todos eles também. Afinal, se estão aqui, acompanhando é porque algo interessante encontraram. 
E assim, através desse post gostaria de dizer: obrigada a todos os seguidores. Continuem aqui comigo. Dividindo emoções. Espero daqui para frente poder sempre ter um conteúdo mais alegre para postar. Algo menos doloroso, e mais tranquilo. 
Beijo grande pessoas lindas e até o próximo post. 

16 de junho de 2010

Aqueous transmission




Estou boiando rio abaixo
Os remos já foram embora há muito tempo
Deito a cabeça no chão
Do meu barco
Me maravilho com as estrelas
E sinto meu coração inundar


Avanço rio abaixo...


Duas semanas sem o meu amor
Estou nesse barco sozinho
Boiando em um rio chamado emoção
Será que voltarei à margem
Ou serei levado rumo ao desconhecido?


Avanço rio abaixo...


Estou construindo uma antena
Transmissões serão enviadas
Quando eu terminar
Talvez nos encontremos de novo
Rio abaixo
E dividiremos o que ambos descobrimos
Depois nos divertiremos com a paisagem


Avanço rio abaixo...


Estou boiando rio abaixo...




(Incubus)