Fortalecendo

15 de março de 2010

Assim vc me perde e eu perco vc...



É triste quando alguém te cobra explicações de algo que você não sabe como explicar, quer a resposta de perguntas que você não sabe como responder, não por que não queira, simplesmente porque desconhece mesmo tais respostas.
É duro ter que ouvir que você está sendo mentirosa quando está apenas sem saber o que dizer porque também não sabe ao certo o que está acontecendo. É duro perceber como alguém que deveria te compreender (ou pelo menos tentar) não faz o menor esforço, só sabe te cobrar explicações que você não consegue dar. São coisas que você não sabe como expressar, mas que te fazem sangrar o coração. Te fazem sentir como se o mundo estivesse desabando em cima de sua cabeça. 
Essas respostas que você não consegue dar, não são coisas ilícitas ou imorais como a pessoa que te questiona pode imaginar, são apenas coisas que você sente em relação a si mesma e não consegue expor de maneira eficaz. Coisas que nem mesmo você consegue entender por quê sente, o que dirá outra pessoa entender! É muita ousadia pensar que pode ser expresso em palavras algo que alma anseia. Algo que a alma busca, mesmo sem saber o que é. 
É uma dor que me sufoca e me tira o ar. Um vazio que me faz sentir sozinha em meio a multidão. Um sentimento dolorido que não quer cessar. E que só aumenta à medida em que me são cobradas explicações que não serei capaz de dar nem a mim mesma. 
E depois de todas essas feridas que me vão sendo abertas na alma, tento ir me acostumando a viver sem coração, como se fosse possível. Alguma coisa morreu em mim, não sei ao certo o que é, só sei que é como nas história que lia quando criança, sobre fadas que encantam e desencantam pessoas. Eu fui desencantada.

”Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas tudo o eu que tinha, era seu.” 
(Caio Fernando Abreu)

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